guru vai à escola...

Numa conversa com uma amiga minha, que por acaso até LIA este blog regularmente, entre os muitos assuntos abordados, decidi reviver o meu primeiro dia de escola. Pois bem, foi mais ou menos assim...

Eram 6 e meia da manha. O sono era tanto k me levantei, dirigi me à cozinha e adormeci em pé, em frente ao caixote do lixo. "Maje o kestou aki a fajer??"... kestionei me eu, julgando ser uma das muitas kestões que os putos da minha idade tinham, mas não. Ainda hj estou para perceber o k fazia eu ali... Era o meu primeiro dia de escola, tinha eu 3 anos. Vesti me, à minha maneira, pois desde cedo que sou eu que escolho a roupa k visto e tomei o pequeno almoço. "Preparado??", perguntou a minha mãe, ainda apertando os botões da minha camisa. Dei lhe um beijinho e fui, de mão dada c o meu pai, para o carro, pronto para dar um rumo à minha vida... Isto de comer e dormir o dia todo tinha d acabar!

Cheguei à escola... O meu pai deixou me com uma senhora, que por sinal, era muito feia e isso fez c k ele me incentivasse como nunca ninguem o fez na historia dos incentivos paternos “Até logo...!”, disse ele. Senti me dono do mundo e seguro como ninguem. A senhora levou me até à sala, onde todos os outros meninos já se encontravam sentados. A educadora Ana, assim se chamava, sorriu me la de dentro e pediu me para entrar. Mal passei a porta, ela gritou bem alto “Deem as boas vindas ao guru!” e todo o mundo se levantou, colocou a mão no peito, e em unissono, emitiu um som k s pareceu kom “Ola guru!”. Senti me feliz...

Dirigi me para o meu lugar, pronto para começar a trabalhar a kualker momento. Indicaram m onde seria a minha secretaria e la me sentei. “Entao k é k se fajaki??”, perguntei eu a uma menina que tinha mais ranho na boca do k no nariz.... “Ehhhh.. xibiniskkkkkk lucrommmmm!” E eu, agradecido pela informação, peguei na caneta e comecei a desenhar. De vez em quando olhava para os desenhos dos outros meninos e sentia m sobredotado. Eu conseguia desenhar cabeças. Não precisava que a educadora Ana fizesse uma legenda no meu desenho... Era autosuficiente. Entretido, não dei pelo tempo passar. “Hora do pequeno almoço...!” Todos se levantaram, menos o Osvaldo, um menino k era coxo e ficava sempre c as piores coisas. Senti pena, e por isso dei lhe o meu pão e o meu leite, ficando com os piores para mim. So depois de comermos é k podiamos ir para o patio brincar, e foi aí k passei a conhecer os meninos ke me rodeavam... Cheguei me junto de um, com kem iniciei uma amizade forte, baseada na confiança mutua, do tipo “Isto é meu mas posso emprestar...!” e foi ele k m falou das diferentes pessoas k ali havia... falou me do Pedro Quebra Ossos, k tava sempre a cair e andava sempre engessado, da Carla Monta Neles, que ao k diziam, era perita a montar Legos, e no Osvaldo Pé de Chumbo, k uma vez tinha levado um tiro no pé, e por isso era coxo, entre outros...

“O recreio acabou, voltem para dentro!”. Voltámos à nossa bela sala, prontos para recomeçar o trabalho. Mas no lugar das folhas de desenho, encontrava se agr uma linha, uma agulha e uma folha. Sem saber o k fazer, perguntei à menina do lado, que tinha a cara cheia de manteiga, o que era suposto fazermos, ao k ela m respondeu “Ehhhh.. xibiniskkkkkk lucrommmmm!”, e eu, lá comecei a bordar. Estava contente por conseguir furar uma folha com uma agulha e fazer passar por lá uma linha que a prendia a... nada! Mas o entusiasmo dos meus colegas foi contagiante e uma alegria imensa fez com que continuasse a bordar, sentindo que era capaz de passar o resto da vida nakilo...

A hora de almoço chegou. Eu ja tinha bordado demasiado, e kuase k posso jurar k o meu bordado se parecia com um cão deitado de pernas para o ar e de lingua de fora, mas o facto de ser tudo da mesma cor fez com que ficasse um pouco confuso. Comemos, todos sentados nas nossas mesinhas, mas a minha fome dissipou se completamente quando olhei para a menina do lado a comer... Completamente enojado, levantei me e fui juntar me aos outros meninos no patio. Todos eramos felizes... todos eramos amigos... jogavamos à apanhada c o Osvaldo mas coitado, ele caia... e a gente ria!

Vermelhos de tanto correr e completamente ofegantes, voltamos para dentro, ao k parece, para a hora da historia... “Historia?? So espero k ela leia bem como a minha mãe...!” Deitamo nos todos no chão, de barriga para cima e eu fikei ao lado de uma menina c tinha banana na ponta do nariz. A excitação era visivel em todos nós, todos iriamos ouvir a historia até ao fim... Mas essa certeza rapidamente se transformou. Quando Ana começou a ler, os meus olhos começaram a ficar pesados, e comecei a sentir um sono imenso “Ehh laaa guru, sê homem, aguenta firme!”, mas não valia a pena. Fechei os olhos e vi me transportado para um mundo magico, o mundo dos sonhos... onde fikei ate sentir alguem pegar em mim ao colo. Quando abri os olhos, vi a minha mãe a olhar pra mim e percebi k ia ao colo do meu pai. “Como foi o teu primeiro dia de escola, guruzinho??”, perguntou m ela, ao k eu respondi “Foi o mior dia da mia vida!”